segunda-feira, 2 de junho de 2014

FILOSOFIA POLÍTICA: Karl Marx.

MATERIALISMO DIALÉTICO
BASES TEÓRICAS:

MATERIALISMO

Demócrito: a matéria é composta de partículas ínfimas e indivisíveis chamadas átomos. As diversas combinações entre eles é que compõem os diversos tipos de matéria existentes.

Ou seja, a origem da matéria é a própria matéria.

Epicuro: é o conhecimento do mundo através dos sentidos que leva ao conhecimento da realidade.

DIALÉTICA

Heráclito: a noção de que a existência é a dinâmica entre os opostos, um constante movimento de alternância. Nesse movimento constante e infinito é que se dão as transformações e mudanças que compõem a realidade e fazem a história.

O materialismo dialético se opõe ao pensamento de Hegel e Feuerbach.


Dialética hegeliana: idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a idéia). Tudo o que ocorre se dá devido ao choque entre ideias opostostas que levam a um concenso, ou desencadeiam em uma ação. Tais ideias podem ser interesses humanos, como honrra ou divergencias de oponiões, ou entre conflitos entre o espírito dos povos.





Dialética materialista: a matéria é a única realidade. Nega que os fatos ocorram devido às ideias (religião, “verdades”, cultura) sendo que tudo o que ocorre se dá devido à contraposições de ordem material, ou do choque entre interesses humanos de origem materialista e econômica.



Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade.
A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a "verdade" dos momentos superados.
Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição (antítese) e a superação (síntese);
Marx considerava historicamente como contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social.
Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente);
Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.

Ludwig Feuerbach procurou introduzir a dialética materialista, combatendo a doutrina hegeliana, que, a par de seu método revolucionário concluía por uma doutrina eminentemente conservadora. Da crítica à dialética idealista, partiu Feuerbach à crítica da Religião e da essência do cristianismo.
  
Feuerbach pretendia trazer a religião do céu para a Terra. Ao invés de haver Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, foi o homem quem criou Deus à sua imagem. Seu objetivo era conservar intactos os valores morais em uma religião da humanidade, na qual o homem seria Deus para o homem.

Adotando a dialética hegeliana, Marx, rejeita, como Feuerbach, o idealismo, mas, ao contrário, não procura preservar os valores do cristianismo. Se Hegel tinha identificado, no dizer de Radbruch, o ser e o dever-ser (o Sen e o Solene) encarando a realidade como um desenvolvimento da razão e vendo no dever-ser o aspecto determinante e no ser o aspecto determinado dessa unidade.
  
A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético.
Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu humanismo e sua dialética eram estáticas: o homem de Feuerbach não tem dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar superá-las dialeticamente.
A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo relaciona-se (Lei da ação recíproca e da conexão universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante); as mudanças qualitativas são conseqüências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.

O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).


MATERIALISMO HISTÓRICO  
Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon:
  
As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.

Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.


MAX WEBER - Ação Social

Na ótica weberiana, a sociologia é essencialmente hermenêutica, ou seja, ela está em busca do significado e dos motivos últimos que os próprios indivíduos atribuem as suas ações: é neste sentido que a sociologia é sempre "compreensiva" (verstehen). O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a análise das instituições sociais como propunha Durkheim. A análise weberiana propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido, bem como evidenciar regularidade das condutas. Cabe a sociologia entender como acontecem e se estabilizam as relações sociais, os grupos organizados e as estruturas coletivas da vida social.
Com este pensamento, não possuía a ideia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais globais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais. Ou seja, a sua ideia é que a sociedade como totalidade social é o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes. Tomando como ponto de partida da compreensão da vida social o papel do sujeito, a teoria de Max Weber é denominada individualismo metodológico.
              Max Weber é o sociólogo da ação culturalmente determinada. Ele estudou a ação da religião como condicionante dos comportamentos sociais. Sua obra mais importante é "A ética protestante e o espírito do capitalismo", no qual ele denota como a cultura da teologia da prosperidade fora determinante para a construção da sociedade capitalista norte-americano.


Seu principal conceito de estudo social é o de ação social.

A sociedade se explicaria mediante quatro tipos de ação social:
Ação racional com relação a um objetivoé uma ação concreta que tem um fim especifico.
É determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos.
Por exemplo: um profissional que cumpre uma meta; um operário que constrói um prédio.
 

 A ação racional com relação a um valor: é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta.

O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor.
Por exemplo: alguém que cumpre uma missão; um soldado em guerra.



A ação afetiva: é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito.
É definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor,
Por exemplo: a manifestação de amor e afeto entre um casa; uma repressão moral dos pais aos filhos.


 

A ação tradicional: é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza.
Para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática. É o costume diário, ou familiar.
Por exemplo: a pessoa que vai a missa por conveniência social; o ato de fazer joia com o polegar para cumprimentar, ignorando o seu significado.

Na ótica weberiana, a sociologia é essencialmente hermenêutica, ou seja, ela está em busca do significado e dos motivos últimos que os próprios indivíduos atribuem as suas ações: é neste sentido que a sociologia é sempre "compreensiva" (verstehen). O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a análise das instituições sociais como propunha Durkheim. A análise weberiana propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido, bem como evidenciar regularidade das condutas. Cabe a sociologia entender como acontecem e se estabilizam as relações sociais, os grupos organizados e as estruturas coletivas da vida social.
         Com este pensamento, não possuía a ideia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais globais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais. Ou seja, a sua ideia é que a sociedade como totalidade social é o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes. Tomando como ponto de partida da compreensão da vida social o papel do sujeito, a teoria de Max Weber é denominada individualismo metodológico.