FILOSOFIA
Filo + Sophos
amor, amizade sabedoria
AMOR Á SABEDORIA.
Quem cunhou esse termo foi o pensador pré-socrático Pitágoras de Samos ( S VI a.C.) que se negou a aceitar ser chamado de sábio, ao invés disso ele se definiu como alguém que amava a sabedoria, ou um amigo do saber.
Quem cunhou esse termo foi o pensador pré-socrático Pitágoras de Samos ( S VI a.C.) que se negou a aceitar ser chamado de sábio, ao invés disso ele se definiu como alguém que amava a sabedoria, ou um amigo do saber.
Mas, o que estuda a filosofia?
R:
Estuda o pensamento.
Todo
e qualquer pensamento?
R:
Não, apenas o pensamento racional.
Como assim, conversamos com pessoas
racionais para estudar seu pensamento? O que define o pensamento racional?
R: O pensamento racional
primeiramente deve ser escrito e aceito pela comunidade académica como sendo
“filosofia”. Ser racional significa que tem correlação com o mundo empírico e
com evidências científicas.
Estuda-se todo o pensamento racional?
R: A princípio sim, mas a filosofia propriamente
dita é a filosofia ocidental, que se origina na Grécia. Sabemos que existe
filosofia hindu, filosofia chinesa, mas essas não possuem os mesmos sistemas de
pensamento da filosofia grega.
Segundo Marilena Chauí, a filosofia ocidental problematiza o pensamento, criando um sistema universal de reflexão. Já a filosofia oriental é composta por lições de vida, ditados e regras de conduta que, podem até contar com um sistema lógico, e até racional, mas não se compõem em sistemas de pensamento. Por exemplo: um dos mais famosos livros da filosofia oriental, “A arte da guerra” do chinês Sun Tzu, escrito no século IV a.C., é um tratado militar. As obras orientais são regras, sejam as religiosas ou como esta obra de Sum Tzu. Tais regras trazem sim reflexões, mas propõem a contraposição de ações passadas com ações futuras, ou seja, ensinam a viver. Seu conteúdo pode ser muito interessante, e se aplicados podem até trazer um resultado positivo, mas não nos levam a contestar o mundo, duvidar, contestar. Nesse sentido são mais dogmáticas do que racionais. Já Platão, quando fala de política em “A República”, ele propõe uma reflexão sobre o Estado. Tal reflexão não se isola na Grécia antiga, e é aplicável até os dias atuais.
A origem do pensamento
racional ocidental.
DO MITO À RAZÃO
Busca por explicações:
a origem do universo – mitos de origem.
O que é
MITO?
R: Os mitos são tentativas de
explicar a realidade, porém desprovidas de lógica e racionalidade. Na maioria
das vezes os mitos explicam fenômenos da natureza, causas e origens e feitos
antigos mediante estórias fabulosas.
Nos mitos ocorre a antropomorfização dos fenômenos, ou seja, a tempestade, o oceano, o vento adquirem formas humanas. O fenómenos explicados de maneira
mítica contam apenas com o efeito do fenómeno e sua consequência, carecendo de
uma descrição do processo que levou a sua ocorrência.Ex:
a concepção da vida. Hoje a razão explica com riqueza de detalhes como se dá a
fecundação sexuada, e de como os seres assexuado ou hermafroditas se
reproduzem. Mas na visão mítica dos povos nórdicos, por exemplo, a reprodução
era essencialmente mágica. Tudo acontecia graças aos Deuses, sobretudo a Deusa Freya. Aquela cultura ignorava o processo de fecundação
decorrente da união entre o espermatozóide e o óvulo.
Nos
mitos, feitos humanos são superdimensionados, visando justificar a falta de
compreensão dos processos naturais. Assim, super seres, Deuses e semi-deuses,
heróis com faculdades extraordinárias são criados para justificar aquilo que o
senso comum não compreende.
É assim que nascem os Deuses, o Deus do raio, dos oceanos, e os heróis, guerreiros sobre humanos com força e proteção divina.
Hoje
ainda existem mitos, mas não são mais a explicação formal para os fenômenos da
natureza. Há pessoas que creem em certos mitos, simpatias, explicações que não
possuem sustentação racional ou lógica. Isso não significa que isso seja algo
ruim, apenas não conta com a garantia da ciência, o que em alguns casos pode
ser arriscado, sobretudo se o tal mito se relacionar a saúde ou segurança.
E ainda há os mitos humanos, as personalidades míticas. Tais como os heróis gregos, hoje existem homens e mulheres cuja imagem para a sociedade ultrapassa o humano. Não se vê um astro do esporte ou do cinema como uma pessoa normal, com suas necessidades humanas e condições mais simples, ou até humilhantes.
Ronaldo, o jogador, é uma celebridade, é o fenômeno ainda, mesmo que seja flagrado em condições vergonhosas, esses fatos são suplantados por sua imagem mítica.
Pelé é o que é, o maior jogador da história. Quando se fala ou se vê ele na tv ninguém cogita sobre sua condição humana comum, apenas vê o ídolo, o mito.
Fato, os mitos fazem parte do senso
comum, mas não explicam de fato, com critérios racionais e seguros os
fenômenos.
PASSAGEM
DO MITO A RAZÃO
O advento da escrita é crucial
para o nascimento da razão. Quando um mito é apenas oral, ao ser criticado, os
detentores da verdade, aqueles que propagam-nos, podem adequá-los aos novos
questionamentos, convencer e aplacar as dúvidas. Já quando são escritos, os
mitos perdem essa possibilidade de “defesa”. Um mito escrito passa a ser objeto
de reflexão, pode ser contestado, duvidado, discutido e isso é resultado do
pensamento lógico e racional buscando explicações mais plausíveis para os temas
de que tratam.
Heródoto, em suas obras Ilíada e Odisséia,
apresenta alguns mitos, de heróis e de forças da natureza.
Mas é com Hesíodo, em suas obras “Os Trabalhos
e os Dias” e “Teogonia”, apresenta
tentativas de organizar os mitos de origem, segundo uma lógica.
Mas
o mito tende a cair e se transformar em religião. Os sábios não se conformam a
ideia de homens gigantes, do céu, controlam e criam os fenômenos naturais. E
daí que nascem os primeiros pensadores, os fisiólogos, os pensadores da “phisis”, os que buscam a origem da
natureza. Estes serão chamados de Pré-socráticos.
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