segunda-feira, 24 de março de 2014

Jogo matemático (cuidado, é muito legal)


http://gabrielecirulli.github.io/2048/

É só mover o cursor e ir somando os número iguais até atingir a impossível soma de 2048.

É muito instrutivo pois fomenta o raciocínio matemático. 

Abaixo uma foto do meu navegador com o meu recorde, ce topa?

SOCIOLOGIA: Durkheim e o Fato Social

O fato social, segundo Durkheim, consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem poder de coerção sobre o indivíduo.

 

        Ao final do século XIX, no período de formação da Sociologia enquanto ciência, Émile Durkheim preocupava-se em criar regras para o método sociológico, garantindo-lhe um status de saber científico, assim como as demais áreas do conhecimento, a exemplo da biologia, da química, entre outras. Contudo, tão importante quanto definir o método era definir o objeto de estudo. Assim, segundo Durkheim, à sociologia caberia estudar somente os “fatos sociais”, e estes consistiriam em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção sobre este mesmo indivíduo.
        As respostas para nossa organização social estariam nos fatos sociais e para isso seria necessária a aplicação de um método para os compreendermos melhor enquanto objeto sociológico, devendo ser vistos como se fossem “coisas”, como se fossem objetos passíveis de análise, assim como a biologia se debruça sobre uma planta. Para ele, o homem naturalmente cria falsas noções do que são as coisas que o rodeiam, mas não é através da criação de ideias que se chegará à realidade. Para Durkheim, deve-se propor a investigação dos fatos para buscar as verdadeiras leis naturais que regem o funcionamento e a existência destes, pois possuem existência própria e são externos em relação às consciências individuais.
        Em sua obra intitulada As regras do método sociológico, de 1895, Durkheim afirma que “espera ter definido exatamente o domínio da sociologia, domínio esse que só compreende um determinado grupo de fenômenos. Um fato social reconhece-se pelo seu poder de coação externa que exerce ou é suscetível de exercer sobre os indivíduos; e a presença desse poder reconhece-se, por sua vez, pela existência de uma sanção determinada ou pela resistência que o fato opõe a qualquer iniciativa individual que tenda a violentá-lo [...]. É um fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coação exterior, ou ainda, que é geral no conjunto de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais”. Os fatos sociais dariam o tom da ordem social, sendo construídos pela soma das consciências individuais de todos os homens e, ao mesmo tempo, influenciam cada uma.




        O importante é a realidade objetiva dos fatos sociais, os quais têm como característica a exterioridade em relação às consciências individuais e exercem ação coercitiva sobre estas. Mas uma pergunta se coloca: de onde vem esta ação coercitiva? Pensemos em nossa sociedade atual. Fomos criados, por nossos pais e pela sociedade, com a ideia de que não podemos, em um restaurante, virar o prato de sopa e beber de uma só vez, pois certamente as pessoas vão rir ou talvez achar um tanto quanto estranho, já que existem talheres para se tomar sopa. Não existem leis escritas que impeçam quem quer que seja de virar o prato de sopa, segurando-o com as duas mãos para beber rapidamente. No entanto, a grande maioria das pessoas se sentiria proibida de praticar isso. Da mesma forma, por que quando trabalhamos em um escritório ou algum lugar formal os homens estão de terno e não de pijamas? Isso é a ação coercitiva do fato social, é o que nos impede ou nos autoriza a praticar algo, por exercer uma pressão em nossa consciência, dizendo o que se pode ou não fazer.
Se um indivíduo experimentar opor-se a uma dessas manifestações coercitivas, os sentimentos que nega (por exemplo, o repúdio do público por um homem de terno rosa) voltar-se-ão contra ele. Em outras palavras, somos vítimas daquilo que vem do exterior. Assim, os fatos sociais são produtos da vida em sociedade, e sua manifestação é o que interessa a Sociologia.

Paulo Silvino Ribeiro

Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

FILOSOFIA: A República de Platão e os três graus de proximidade do conhecimento.

“Sócrates: Tomemos como princípio que todos os poetas, a começar por Homero, são simples imitadores das aparências da virtude e dos outros assuntos de que tratam, mas que não atingem a verdade. São semelhantes nisso ao pintor de que falávamos há instantes, que desenhará uma aparência de sapateiro, sem nada entender de sapataria, para pessoas que, não percebendo mais do que ele, julgam as coisas segundo a aparência?”
Glauco – “Sim”.
Fonte: PLATÃO. A República. Tradução de Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p.328.


                O excerto acima demonstra a concepção de que os imitadores não devem participar da vida pública, segundo a concepção de Platão. Isso se deve a concepção de que os artistas serviriam para enganar os homens, e não a levá-los à verdade. Daí Platão cria a escala de proximidade do conhecimento. 
                    Os  filósofos estariam mais próximos da verdade, a 1 grau. Portanto, estes deveriam governar.
                   Os artesãos, trabalhadores, aqueles conhecem o mundo apenas de modo prático, estariam a 2 graus da verdade. Estes poderiam ser apenas cidadãos, sendo ingnorantes demais para poderem governar.
                    Já os artistas, aqueles que fazem a mímesis, estariam a 3 graus da verdade. Desconheceriam de tal forma a realidade que tudo aquilo que fariam não passaria de mentira pura, enganação, sendo nocivos para toda a população e para por ordem na cidade. Deviram, portanto, serem expulsos da cidade, representando um perido para ela.
                 Assim seria composta a República de Platão. Um sistema político iluminado pela luz da filosofia.


               A metáfora da fogueira, por José Juarez de Almeida Filho.

              A sabedoria é a fogueira, donde a luz emana. O filósofo é o que se aproxima mais da verdade, do fogo, mas até um grau, não podendo entrar de fato na verdade, na fogueira, apenas se aproximando. Isto é a praxis.



             Os artesãos, aqueles que conhecem apenas as fagulhas do saber, ou que apenas usam na prática as teorias do conhecimento, como ferramentas para trabalhar, estes estão distantes de mais do conhecimento, mas usam um pouco deste. São como aqueles que usam o fogo para a forja, ignorando sua natureza. Estes estão a dois graus do saber. Estes são os que praticam a poesis.


     
              Os artistas não conhecem o fogo, apenas o viram, mas ignoram do que se trata o saber, o fogo, bem como não sabem qual a utilização que podem fazer do mesmo. Estes estão a três graus do saber e, na visão de Paltão, sua obra de nada serve para a sociedade, pois não passa de pura ilusão, ou mentira. Diferentemente dos antecessores, não há para a mímeses uma classificação de sua ação. Mais útil para a sociedade são os escravos, os trabalhadores, os que fazem o labor. Isto porque aquele que faz o labor soma para a produção material, já o artista em nada ajudaria, somente passando ilusões que desvirtuam a realidade.


             Sendo assim, somente os artesãos, aqueles que trabalham e produzem, que agem diretamente com o mundo, poderiam viver na República de Platão, que seria governada por filósofos. Os escravos estariam na cidade, sim, mas não seriam cidadãos, óbvio. Já os artistas, pintores, poetas, dramaturgos etc, por criarem representações falsas, por desencadearem nas pessoas emoções artificiais, fomentando idéias ilusórias, deveriam ser expulsos da cidade.


             Ou seja, não se deixe levar pelas aparências.

segunda-feira, 17 de março de 2014

SOCIOLOGIA: Auguste Comte.



AUGUSTE COMTE: Positivismo.
·         No século XIX, influenciado pelo advento da ciência moderna, bem como pela influência da precisão da física newtoniana, Comte procura entender a sociedade segundo leis científicas.
·         A sociedade de sua época se transforma e demonstra contrastes e tensões novas, problemas e crises, tudo oriundo da revolução industrial.
·         Negação de uma explicação única para os fenômenos naturais e sociais.

Desconsidera Deus ou a natureza como causa de tudo e pesquisa leis científicas que expliquem os fenômenos.

Adotando os critérios histórico e sistemático, outras ciências abstratas antes da Sociologia, segundo Comte, atingiram a positividade: a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Assim como nessas ciências, em sua nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia, Comte usaria a observação, a experimentação, da comparação e a classificação como métodos - resumidas na filiação histórica - para a compreensão (isto é, para conhecimento) da realidade social.

Os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como fenômenos da natureza.
- obedecendo a leis gerais
- a fundação da Sociologia implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e que devem ser explicados em termos sociais.

O conhecimento positivo busca "ver para prever, a fim de prover" :
- conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas ações, para que o ser humano possa melhorar sua realidade.
- previsão científica do movimento social.

Para Comte, não é possível fazer ciência (ou arte, ou ações práticas, ou até mesmo amar!) sem a imaginação, isto é, sem uma ativa participação da subjetividade individual e por assim dizer coletiva: o importante é que essa subjetividade seja a todo instante confrontada com a realidade, isto é, com a objetividade.

Evolução Social:

                A humanidade evoluiria socialmente. Até chegar a se organizar numa sociedade o homem passaria pela sociedade hordálica, pela barbárie e até chegar á sociedade.

HORDA: é a primeira organização humana. Primitiva.
Grupos, ou bandos humanos liderados por mulheres.
Nômades, desprovidos de tecnologias essenciais para a civilização, como agricultura, escrita e fundição de metais.
Sem hierarquia social a não ser o mando, espiritual e material, da matriarca, sacerdotisa e líder.



BARBÁRIE: transita entre os bandos primitivos e a sociedade.
                Podem ser seminômades ou sedentários.
               Começam a dominar as tecnologias essenciais como 
                                metalurgia, escrita e agricultura.
                Lideradas por guerreiros – patriarcalismo.

Não possuem uma religião organizada ou sistematizada, baseando em cultos animistas.

Praticam saques de outros grupos.


CIVILIZAÇÃO:  ocorre quando o homem cria o Estado.
                Vida organizada em torno de cidades com engenharia e arquitetura sofisticada.
                Domínio das tecnologias essenciais: agricultura, escrita e fundição de metais.
                O conhecimento se inicia a partir de uma religião organizada e sistematizada.
                 


Lei dos três estados:

Comte percebeu uma evolução social. Essa passa por três estados teóricos diferentes: o estado 'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'científico' ou 'positivo', em que:

ESTADO TEOLÓGICO: os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, por entidades cuja vontade arbitrária comanda a realidade. Assim, busca-se o absoluto e as causas primeiras e finais ("de onde vim? Para onde vou?"). A fase teológica tem várias subfases: o fetichismo, o politeísmo e o monoteísmo.


ESTADO METAFÍSICO: se passa a pesquisar diretamente a realidade, mas ainda há a presença do sobrenatural, de modo que a metafísica é uma transição entre a teologia e a positividade. O que a caracteriza são as abstrações personificadas, de caráter ainda absoluto: "a Natureza", "o éter", "o Povo", "o Capital".


ESTADO POSITIVO: ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível) e busca-se o relativo. A partir disso, atividade pacífica e industrial torna-se preponderante, com as diversas nações colaborando entre si.



Cada um desses estágios representa fases necessárias da evolução humana, em que a forma de compreender a realidade conjuga-se com a estrutura social de cada sociedade e contribuindo para o desenvolvimento do ser humano e de cada sociedade.

Para Comte, portanto, todas as sociedade deveriam caminhar em direção ao estado positivo, ou melhor, ao modelo social europeu.

FILOSOFIA: Sócrates.

        

       Sócrates é citado nas obras de Xenofonte, Aristófanes e Platão, este seu mais importante discípulo, e cuja obra é mais importante.
           Não há obra de Sócrates – estuda-se seu pensamento através das obras de Platão.
     
       Há teorias que apostam na hipótese dele não ter existido, não passar de uma personagem literária.

Contestação aos sofistas

Reage diante da filosofia relativista dos SOFISTAS.

Crítica à transformação da sabedoria em mercadoria.

Na luta contra os sofistas cria a Ética: Sócrates é considerado o pai da filosofia mas principalmente o criador da ética.
Propôs uma norma de conduta que se guiasse pelo bem e pela verdade. Vai contra ao uso da filosofia apenas para vencer um debate ou para seu favorecimento individual.

Mito do oráculo: Sócrates se nega a ser chamado de sábio.

Para contestar os falsos sábios da Grécia, sobretudo os sofistas, cria o método da Maiêutica

Maiêutica:  o parto das ideias.

Funcionava a partir de dois momentos:
·         1º - levava os seus interlocutores a pôr em causa as suas próprias concepções e teorias acerca de algum assunto;
·         2º - conduzia os interlocutores a uma nova perspectiva acerca do tema em abordagem.

Mediante o questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa os seus "preconceitos" acerca de determinado assunto, conduzindo-os a novas ideias acerca do tema em discussão, reconhecendo assim a sua ignorância e gerando novas ideias, mais próximas da verdade.

                Outro efeito era provar que ninguém sabia tudo sobre qualquer assunto. A maiêutica leva o questionado a perceber que não é sábio deste ou daquele tema, percebendo que sempre se busca o saber.

                A conclusão de Sócrates foi que ele era sim o mais sábio de todos os homens porque sabia que não sabia: “sei que nada sei”.

                Conceber a própria ignorância é o primeiro passo na busca pela sabedoria.

Sócrates defendia que deve-se sempre dar mais ênfase à procura do que se não sabe, do que transmitir o que se julga saber, privilegiando a investigação permanente.

Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus predecessores, ele não fundou uma escola, preferindo também realizar seu trabalho em locais públicos (principalmente nas praças públicas e ginásios), agindo de forma descontraída e descompromissada, dialogando com todas as pessoas, o que fascinava jovens, mulheres e políticos de sua época.

Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova de que não era um sofista.


A sabedoria para Sócrates derivava do Ser, do interior do homem. Daí a frase a ele atribuída, que se encontra no pórtico do templo de Apolo na ilha de Delfos que diz: “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.”.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Componha seu beat box.

http://www.incredibox.com/

SOCIOLOGIA: Primeiros pensamentos sobre a sociedade.

Pode-se observar algumas visões sobre a sociedade antes do surgimento da sociologia.

Esses primeiros pensamentos sociológicos veem dos pensadores clássicos e medievais.

Esse pensamento não trata exclusivamente da sociedade, mas também da política e sobre quem, ou quais setores da sociedade deveriam controlar o Estado.

PLATÃO:

                Em sua obra a república afirmava que a sociedade deveria ser governada e controlada pelos sábios.

                Os filósofos deveriam gerir a sociedade ideal.

                Era contra a democracia.

ARISTÓTELES:

                Falava do governo dos melhores, aristocracia.

                Os melhores de cada setor social deveriam participar do governo, tendo-se assim uma organização social que contemplava todos os setores e aspectos da sociedade.
 

IDADE MÉDIA: Santo Agostinho.

Cria a sociedade de três estados – Clero, Nobreza e Plebe.
Nessa estrutura social Deus teria definido o papel de cada grupo social.

Esses grupos são chamados de ESTADO pois são imutáveis e um indivíduo não podia mudar de Estado.

FILOSOFIA: Sofistas.

Principais pensadores sofistas:

Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.)

Sofística: Estratégias de argumentação - técnicas de retórica.

Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.

São conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.

Romperam com a busca pela “physis” iniciada por Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera. Ou seja, desistiram de buscar a origem de tudo, ou a verdade absoluta.

Base do pensamento dos sofistas: relativização de mundo.

 

PROTÁGORAS: Primeiro sofista a vender seus ensinamentos na forma de aulas de retórica.

Questionavam:

A religião, a supremacia da cultura grega e a moral.

Colocavam em questão todas as “verdades” aceitas pela sociedade da época.

Afirmavam que tudo podia ser contestado.

 

"O homem é a medida de todas as coisas"

Teoria do contra-argumento:

Todo e qualquer argumento pode ser refutado por outro argumento.

Não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.

Convencimento retórico:

A efetividade de um argumento reside na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.

 

Foram considerados os primeiros advogados do mundo

Cobravam de seus clientes para efetuar o argumento de suas defesas.

Tinham uma alta capacidade de argumentação.

 

"O ponto de vista alheio":

Guardiões da democracia – aceitavam a relatividade da verdade.

Base da democracia moderna.

 

Górgias de Leontini:

O 'ser' não existie.

Mesmo que o 'ser' exista é impossível percebê-lo ou provar sua existência.

Mesmo isso fosse possível provar sua existência é impossível enunciá-lo, ou descrevê-lo de modo verdadeiro.

É impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.

 

Moral, direito, religião

Relativismo prático.

Destruidor da moral.

Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento.

O único bem é o prazer:

Só é válido e verdadeiro o que é sensual, empírico, gnosiológico, hedonista e baseado no utilitarismo ético.

A única regra de conduta é o interesse particular.

Indiferença para com todo moralismo.

A meta num enunciado, seja científico ou discurso moral, ou ético é unicamente vencer, ou convencer seus interlocutores de sua veracidade.

Moral:

Empecilho que incomoda o homem.

Lei: fruto arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção.

Natureza: tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade

Para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade.

A realização da humanidade perfeita não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito.

Direito e religião:

O direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.