Protágoras (481 a.C.-420 a.C.),
Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.)
Sofística: Estratégias
de argumentação - técnicas de retórica.
Os mestres sofistas alegavam que
podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a
"virtude" seria passível de ser ensinada.
São conhecidos hoje pelas escritas
de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta
formular uma visão completa das convicções dos sofistas.
Romperam com a busca pela “physis”
iniciada por Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera. Ou seja,
desistiram de buscar a origem de tudo, ou a verdade absoluta.
Base do pensamento dos sofistas: relativização
de mundo.
PROTÁGORAS: Primeiro sofista a vender seus
ensinamentos na forma de aulas de retórica.
Questionavam:
A religião, a supremacia
da cultura grega e a moral.
Colocavam em questão
todas as “verdades” aceitas pela sociedade da época.
Afirmavam que tudo
podia ser contestado.
"O homem é a
medida de todas as coisas"
Teoria do contra-argumento:
Todo e qualquer argumento pode ser
refutado por outro argumento.
Não é o ser humano quem tem de se
moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não
seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a
sua liberdade.
Convencimento retórico:
A efetividade de um argumento reside
na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente
verdadeiro) perante uma dada platéia.
Foram considerados os primeiros advogados do
mundo
Cobravam de seus clientes para
efetuar o argumento de suas defesas.
Tinham uma alta capacidade de
argumentação.
"O ponto de vista
alheio":
Guardiões da democracia – aceitavam
a relatividade da verdade.
Base da democracia
moderna.
Górgias de Leontini:
O 'ser' não existie.
Mesmo que o 'ser' exista é
impossível percebê-lo ou provar sua existência.
Mesmo isso fosse possível provar sua
existência é impossível enunciá-lo, ou descrevê-lo de modo verdadeiro.
É impossível qualquer conhecimento
sobre o 'ser'.
Moral, direito, religião
Relativismo prático.
Destruidor da moral.
Como é verdadeiro o que tal ao
sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada
um em cada momento.
O único bem é o prazer:
Só é válido e verdadeiro o que é sensual,
empírico, gnosiológico, hedonista e baseado no utilitarismo ético.
A única regra de conduta é o
interesse particular.
Indiferença para com todo moralismo.
A meta num enunciado, seja
científico ou discurso moral, ou ético é unicamente vencer, ou convencer seus
interlocutores de sua veracidade.
Moral:
Empecilho que incomoda
o homem.
Lei: fruto
arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção.
Natureza:
tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade
Para triunfar no mundo, não é mister justiça e
retidão, mas prudência e habilidade.
A realização da humanidade perfeita não está na
ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros,
mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no
domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e
gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por
outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo
em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um
prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira
justiça conforme a natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o
fraco em seu proveito.
Direito e religião:
O direito natural é o direito do
mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas,
a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema
jurídico admissível.
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