segunda-feira, 10 de março de 2014

FILOSOFIA: Sofistas.

Principais pensadores sofistas:

Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.)

Sofística: Estratégias de argumentação - técnicas de retórica.

Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.

São conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.

Romperam com a busca pela “physis” iniciada por Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera. Ou seja, desistiram de buscar a origem de tudo, ou a verdade absoluta.

Base do pensamento dos sofistas: relativização de mundo.

 

PROTÁGORAS: Primeiro sofista a vender seus ensinamentos na forma de aulas de retórica.

Questionavam:

A religião, a supremacia da cultura grega e a moral.

Colocavam em questão todas as “verdades” aceitas pela sociedade da época.

Afirmavam que tudo podia ser contestado.

 

"O homem é a medida de todas as coisas"

Teoria do contra-argumento:

Todo e qualquer argumento pode ser refutado por outro argumento.

Não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.

Convencimento retórico:

A efetividade de um argumento reside na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.

 

Foram considerados os primeiros advogados do mundo

Cobravam de seus clientes para efetuar o argumento de suas defesas.

Tinham uma alta capacidade de argumentação.

 

"O ponto de vista alheio":

Guardiões da democracia – aceitavam a relatividade da verdade.

Base da democracia moderna.

 

Górgias de Leontini:

O 'ser' não existie.

Mesmo que o 'ser' exista é impossível percebê-lo ou provar sua existência.

Mesmo isso fosse possível provar sua existência é impossível enunciá-lo, ou descrevê-lo de modo verdadeiro.

É impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.

 

Moral, direito, religião

Relativismo prático.

Destruidor da moral.

Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento.

O único bem é o prazer:

Só é válido e verdadeiro o que é sensual, empírico, gnosiológico, hedonista e baseado no utilitarismo ético.

A única regra de conduta é o interesse particular.

Indiferença para com todo moralismo.

A meta num enunciado, seja científico ou discurso moral, ou ético é unicamente vencer, ou convencer seus interlocutores de sua veracidade.

Moral:

Empecilho que incomoda o homem.

Lei: fruto arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção.

Natureza: tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade

Para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade.

A realização da humanidade perfeita não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito.

Direito e religião:

O direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.

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